sexta-feira, janeiro 28, 2011

Teoria da Decisão

Em nossas vidas existe uma alternância entre eventos rotineiros e aleatórios. Assim, ou estamos executando eventos estruturados - as chamadas rotinas ou somos surpreendidos por eventos não estruturados que ocorrem ao sabor do acaso.
Isto ocorre ao longo da existência do ser humano, desde que tomamos o controle e passamos a ser os responsáveis pela condução de nossa vida, posto que, felizmente nos é dado o livre arbítrio.
Ao iniciarmos cada dia sujeitamo-nos a algumas rotinas, como as matinais (higiene, alimentação, locomoção, etc.), de aprendizado, de trabalho, etc. que são estruturadas, pois existe uma seqüência lógica em suas execuções, que nos foram passadas ao largo de nossa educação, sujeitas a horários, precedências, métodos, para o melhor resultado em suas realizações.
Outras nem tanto, como o lazer, obrigações familiares ou sociais, etc., que por não estarem estruturadas nos surpreendem por vezes com situações inusitadas. Neste tipo de eventos somos forçados a tomar decisões para levar a bom termo o seguimento destes eventos e conseguir o melhor resultado, geralmente com alto grau de improvisação, equívocos ou acertos, decepções ou alegrias resultantes de nossos conhecimentos, habilidades e atitudes (competências).
A Teoria das Decisões nasceu com Herbert Simon, um emblemático da Escola Comportamental da Administração Convencional e da Escola Cognitiva do Pensamento Estratégico - Prêmio Nobel de Economia em 1978 – influenciando os seguidores com a visão que o mundo é grande e complexo, ao passo que o cérebro humano e sua capacidade de processamento de informações são altamente limitados.
Assim é que a tomada de decisões, embora siga um roteiro prescritivo, está sujeita a cognição do responsável pela mesma que varia da extroversão à introversão, da sensação à intuição, do raciocínio lógico à sensação e do julgamento à percepção. (K. Jung).
R.J. Tersine configurou seis elementos que o tomador de decisões deve seguir:
·         Atribuição do indivíduo autorizado, credenciado e competente para tal,
·         Objetivos: o que se pretende atingir,
·         Preferências: critérios subjetivos utilizados na escolha de alternativas,
·         Tática: curso de ação para atingir os objetivos considerando os recursos disponíveis,
·         Cenários: aspectos ambientais (risco, incerteza) que envolvem o tomador da decisão em suas escolhas,
·         Resultado: grau de sucesso no atingimento dos objetivos, função das táticas escolhidas;
Em sete etapas:
·         Percepção: etapa inicial onde o tomador obtém as informações sobre a questão,
·         Analise e definição do problema,
·         Definição dos objetivos,
·         Elaboração de alternativas ou cursos de ação,
·         Avaliação e comparação das alternativas,
·         Eleição da melhor alternativa,
·         Implementação da alternativa escolhida.
Embora o método seja racional, criterioso, prescritivo, detalhado, deve ser seguido para evitar improvisações, extrapolações, tendências, casuísmos que redundem em escolhas equivocadas causando prejuízo pessoal ou organizacional.
A contribuição relevante da Teoria das Decisões na Escola Comportamental foi contrapor-se à Escola Clássica no aspecto que as organizações são Sistemas Decisionais embasados na racionalidade limitada de seus membros, na imperfeição e relatividade das decisões, na hierarquização do processo de escolha de alternativas (planejamento e racionalidade) e nas influências de premissas organizacionais (divisão de tarefas, padrões de desempenho, sistema de autoridade, canais de comunicação e treinamento e doutrinação).