quinta-feira, abril 21, 2011

Gestor Estratégico


É preciso mais energia e muito mais trabalho para passar da incompetência para a mediocridade do que para melhorar o desempenho da primeira classe para a excelência”. P. Drucker
Já usei este slogan em artigo anterior, mas considero apropriado repetir, pois é em última instância, do que vamos desenvolver aqui.
O Gestor Estratégico é um generalista e, como tal precisa conhecer as várias disciplinas do corpo do conhecimento empresarial. Considero fundamental o conhecimento da Aprendizagem Organizacional, posto que seja o aríete contra a resistência à mudança. As mudanças nas empresas podem ser entendidas, como um movimento de uma posição atual (presente) para uma posição desejada (futura).  O corpo gerencial que participa do processo de planejamento estratégico deve estar consciente e preparado, pois serão os agentes de mudança.
Estas mudanças ocorrem em duas dimensões:
1 Na dimensão pessoal: compromissos, envolvimento (visão compartilhada),  geração do senso de unidade (aprendizagem em grupo), infusão da visão holística (pensamento sistêmico), autoconhecimento e prontidão para a mudança (domínio pessoal) e quebra de paradigmas de resistência ao novo (modelos mentais).
2 Na dimensão organizacional: internalização de tecnologias, implementação de metodologias, novos posicionamentos (outsourcing ou integração vertical), aprendizagem,  clima e reestruturação organizacional e estratégias.
A tarefa primordial do Gestor Estratégico é elaborar o planejamento: um mapa que posicionará a empresa entre as mais competitivas, um guia que orientará o curso para obtenção das melhorias, enfim, um plano explícito e factível que busca o fortalecimento da organização pela “... utilização de novas funcionalidades, aquisição e desenvolvimento de novas competências, desenvolvimento do capital humano, migração para novas tecnologias, reconfiguração dos canais com os clientes, abordagem à oportunidade”. (Administração Estratégica: http://www.artigos.com/artigos/sociais/administracao/administracao-estrategica-1273/artigo/)
Não se trata de um Super Gestor, simplesmente estar em sintonia com os demais, percebendo os anseios e limitações e obstáculos particulares de cada área. Dispensável que seja um líder, mas imprescindível que tenha relacionamento interpessoal para livre trânsito, determinado no enfrentamento dos desafios, negociador para contornar resistências, inspirador para incutir o senso comprometimento, incansável na busca dos objetivos e metas impostas, visionário na busca de novas soluções  e entusiasmado com o plano.
Como um empreendedor interno desbrava novos caminhos, percebe oportunidades, esquiva das ameaças, riscos e incertezas, anula as fraquezas, potencializa as forças, enfim, utiliza todos os recursos disponíveis e cria novos, que sejam imprescindíveis na empreitada, pois tem um único intento – fortalecer a organização para obter a vantagem competitiva.
Deve ter uma sintonia fina com as áreas que alavancarão o processo de fortalecimento da organização, a saber: P&D, com as inovações; Marketing e Publicidade, no atendimento das necessidades e sugestionamento das clientelas; Qualidade, na conformidade com as exigências do cliente; Vendas, no esforço por faturamento; Atendimento, na satisfação do cliente; Produção, no cumprimento de prazos e eficiência; Recursos Humanos, no treinamento e desenvolvimento de competências, melhoria do clima organizacional, etc. dentre outras. Também, o envolvimento da alta-administração, lideranças intermediárias e colaboradores, obtendo sincronia, sintonia em todos os envolvidos no processo.
Deve estar consciente que planejamento estratégico é um trabalho de fôlego que atingirá resultados no médio/longo prazos e, funcionar como a ‘cola’ que une os envolvidos, pois empreitadas de longo prazo tendem a perder foco e força com o passar do tempo.
Abril/2011

terça-feira, abril 19, 2011

Personalidade e Caráter

O caminho mais grandioso para viver com honra neste mundo é ser a pessoa que fingimos ser”.  Sócrates
Personalidade:
O termo teve origem na palavra latina 'persona' usada originalmente para designar as máscaras usadas pelos atores no antigo teatro grego e, com o passar do tempo passou a ser descrita como a máscara que usamos para ver o mundo.
“As personalidades variam do extrovertido ao introvertido, do sociável ao tímido, do agressivo ao passivo, do simpático ao chato, do desafiador ao negociador, etc.”         James C Hunter
A personalidade se desenvolve e se consolida até os seis anos de idade”. (conceito em psicologia)
“Aspecto visível que compõe o caráter individual e moral de uma pessoa, segundo a percepção alheia”.   (Dic. Hoaiss)
No aspecto pessoal o ser humano assume comportamentos diferenciados em função da situação ou posição em que se encontra: amistoso na comunidade estudantil, responsável no trabalho, descontraído no clube, circunspeto na prática religiosa, liberado na família, etc.
No aspecto organizacional é a atitude compromissada da organização com seu modo de “estar”; uma dimensão situacional, porém não volúvel, função da interação com o meio ambiente, com a cultura; uma escala de referência para as políticas de ações que podem ser aferidas numa escala de limites entre “bom“ e “mau“ sendo um guia “externo” de sua atuação; permite à sociedade identificar as atitudes da organização (em sentido figurado: a personalidade da empresa); novos valores podem ser adquiridos e outros descartados, na adequação às variâncias sociais do ambiente. Os valores são condicionantes e/ou qualificadores da atitude, da atuação. Por exemplo, a Responsabilidade Social é um valor novo para algumas empresas e outras, ainda virão a adotá-lo. O portfólio de valores (regras, leis, preceitos) da organização orienta seu comportamento em relação às suas clientelas.
Caráter
Teve origem num verbo grego que significa ‘gravar’. A marca moral de uma pessoa, portanto, é o sinal visível de sua natureza interior. É o que somos por baixo de nossa personalidade (máscara).
O caráter continua a crescer e a se desenvolver ao longo da vida. ... É a nossa maturidade, força moral e ética que guia nosso comportamento de acordo com nossos princípios e valores. Entre o estímulo e a reação atua o caráter.
“... nossos hábitos (bons e maus) que formam nosso caráter são fortemente influenciados tanto pela hereditariedade quanto pelo ambiente. Influenciados sim, determinados, não...”
“Caráter é a soma total dos nossos hábitos, virtudes e vícios”.     James C Hunter
“Os hábitos que formamos desde a infância não fazem pouca diferença - na verdade fazem toda a diferença”. Aristóteles
A construção do caráter se dá:
        No lar: ensinamentos e princípios herdados da família,
        Na escola: lições e valores ensinados pelos mestres,
        Na comunidade: pelo convívio com grupos sociais.
O caráter varia de acordo com os padrões éticos, morais, religiosos vigentes na sociedade que faz parte e foi educado, assim não existe uma escala para o caráter, nem pouco, nem muito, nem mais, nem menos, e sim consoante ou dissonante com a cultura. Em algumas sociedades a poligamia é aceita, em outras as mulheres sofrem discriminação, etc.
Na dimensão empresarial é a atitude compromissada da organização com o seu modo “ser”, imutável e inflexível reflete o ‘caráter’ da organização; um conjunto de posturas inegociáveis, inalheável que independem do meio de atuação; inexiste o implemento ou descarte de novos princípios independente do cenário; pertencem à dimensão permanente da empresa; um posicionamento entre o “certo” e o “errado”, sem meio termo; uma indicação do que é devido.
Abril/2011